2012-Ano Europeu do Envelhecimento Activo!

2012-Ano Europeu do Envelhecimento Activo! 

 Em todos os sectores de actividade industrial, comercial, social, cultural, ou outra, quer por necessidades económicas, ou quer por simples ocupação activa, há pessoas que se dedicam a exercer funções para além dos sessenta e cinco anos de idade convencionados. 

Carlos Lopes, a rondar os noventa anos de idade, é um exemplo vivo dessa actividade.

Músico,violista de Fado e muito versátil noutros géneros, instrumentista de mão cheia (utiliza os cinco dedos da mão esquerda e toca o seu instrumento em posição normal ou invertida) muito tem contribuído para a divulgação do «Património Cultural da Humanidade» e anda esquecido, ou é ignorado, pelas entidades que deveriam conhecer os artífices da chamada «canção nacional». Se iniciou, como é sabido, a sua carreira com dezassete anos de idade já teria direito a comemorar setenta e dois anos de carreira. Nascido em Moçambique, actuou em toda a África Austral tendo acompanhado artistas de elevada distinção tais como;Tony de Matos, Maria Pereira, Beatriz da Conceição e muitos mais. Continua a actuar em Alfama, num restaurante típico, e achamos que, neste Ano Europeu do Envelhecimento Activo, merece a atenção de todos nós e, especialmente, das entidades oficiais que estão, ou deveriam estar, vocacionadas para melhor tratar destes assuntos.

José Fernandes

Clara Cristão cantando no "Fado Maior" em Alfama!

"Veni,vidi, vici".. em 26 Novembro de 2011!

Do Povo e para o Povo!

Não digam ao Fado...

                                             Que aprenda ciências....

                          Que vá doutorar-se...

                          Que seja poeta,

                          Mas de outra poesia...

délire!!Orchestre totalement à poil !!drole de concert!!

délire!!Orchestre totalement à poil !!drole de concert!!

A Arte sem qualquer espécie de roupagem...
Nua e crua...

Como saltam as centelhas, 
Do ferro em brasa batido, 
Assim fulgura de estrelas, 
Seu corpo de nu tecido! 

 Poeta Francisco Viana

Caravan - Duke Ellington.Tal como no Fado antigo também o Jazz dos velhos tempos tem um especial sabor!

Amália Rodrigues. Rosa vermelha

Uma iniciativa da Junta de Freguesia de Stº Estêvão!

https://picasaweb.google.com/111797915875711714028/20120821FadosLavadouroVIII_JVN

Fados no Lavadouro de Alfama!

Foi muito interessante.A constante ligação da população de Alfama, que gosta de Fado, conseguiu reviver, por alguns momentos, os lugares de referência histórica e cultural da sua freguesia, com a gente do seu bairro, em ambiente de são convívio e sã camaradagem!  

Época de Verão na linha do Estoril!

José Braga e Carlos Carvalho, após terem terminado o contrato a que estavam vinculados e que consistia em executar música instrumental de Fado durante a época de Verão num singular hotel da linha do Estoril, encontram-se disponíveis para a 
realização de novos eventos.

A sua permanência no Bairro de Alfama também se faz sentir presentemente nas casas de Fado tradicionais e nos clubes populares de cultura e recreio.

Sónia Santos, "Fado Isabel" - "Preciso de te ver"

Fado, Clara Cristão - "Só à noitinha"

Fado, Rodrigo Ferreira, "Cavalo Ruço"

Fado, Helena Martins, "Queria pintar teu rosto numa tela"

Fado, Bruno Igrejas, "Velho friagem"

Fado, Emanuel Soares, "Roseira botão de gente"

Fado, Clara Cristão, "Fado Dois Tons" - "Gosto de ti porque gosto"

Fernando Farinha - São João em Alfama

Fernando Farinha - São João em Alfama

 Fernando Farinha, um Fadista do Povo que cantava para o Povo e que o Povo jamais o esquecerá. 

Além de ter sido um extraordinário intérprete foi um poeta e compositor com notável relevância e autêntico embaixador da cultura popular portuguesa.

Fado sobre carris

Fado sobre carris

Amizade Portugal Timor Leste!

Realizou-se no passado dia 26 de Maio um evento cultural, em Oeiras, no Parque dos Poetas, com música de dança , música popular, danças guerreiras timorenses, e fados.

No âmbito dos convites endereçados pela organização da Comemoração das Expedições Militares a Timor estiveram vários artistas alguns dos quais mencionaremos neste blogue, nomeadamente Sonya Silva, Eurico Pavia, Carlos Maia ,Jorge Ferreira, acompanhados à guitarra e à viola por José Braga e Francisco Borges.

Actuaram também os nossos colegas e amigos:Carolina Tavares, Luís Ribeiro e Jaime Martins.

A Direcção da Organização dos apontamentos musicais esteve a cargo de Alfredo Azinheira.

Pode haver saldos...mas não há «canjas»!

Os músicos , da música erudita, da música popular, já não falando da música sacra porque esta está praticamente afastada dos circuitos comerciais, organizam-se em estruturas de classe para promover os seus interesses e defender os seus direitos

 Em Portugal, e no conjunto dos países europeus, é tradicional haver sindicatos para, através de convenções existentes nas relações laborais, elaborar CCT’s a fim de os negociar com as entidades patronais filiadas em associações. 

Presentemente há artistas a trabalhar como independentes, a «recibos verdes», e «à la carte» em situações mais do que precárias. 

Como é sabido, excluindo as orquestras existentes, praticamente estão extintas as relações laborais nos sectores da música ligeira. Não existem associações profissionais capazes de impor uma regulação neste ramo de actividade cultural muito ligado ao turismo e à restauração. 

Em Angola, um país que adquiriu a sua independência há 36 anos, uma jovem nação, os artistas tem projectos de estatutos e propostas negociadas com o governo que prevêem a existência de artistas profissionais, semiprofissionais e amadores com as respectivas atribuições e competências. 

No Brasil existe a Ordem dos Músicos, tal como em Portugal existem as ordens dos advogados, dos médicos, dos enfermeiros e de outras profissões o que obriga a que os profissionais estejam vinculados a uma conduta ética e deontológica. 

 Possivelmente, não há ninguém a pensar realizar uma ideia destas e a recear que surja daí uma «desordem» …

 O que é facto é que a desordem está instalada e não serve a ninguém.

A presente ilustração prova como, mesmo utilizando termos de bom humor, os músicos brasileiros são capazes de parodiar com as «tarefas» dos espectáculos, com o oportunismo e com a exploração.

José Fernandes*

*Dirigente do Sindicato dos Músicos de 1992 a 1997

Informamos!

Alguma imprecisão verificada nos títulos de fados, respeitante a erros na atribuição de autores das músicas ou de poetas e  letristas, assim como outros relacionados com os vídeos apresentados, não é da responsabilidade da administração deste Blogue, "O DILETTANTE".

Fado, Dina Santos, "Alfama não envelhece"

Sónia Santos, "Fado Isabel" - "Preciso de te ver"

Anabela Silva, "Fado Menor" - "Andei sózinha na vida"

Fado, Américo Sousa, "Degraus da vida"

Fado, José Batista, "Preciso" (?)

Fado, Ana Carrapiço, "Olhos garotos"

Fado, Marta Soares, "Cavalo Ruço"

Marta Soares é uma autêntica «fadistona», com a sua voz de contralto mete inveja a muita gente.
Dotada de uma linguagem gestual comunica muito bem e dispõe a assistência de forma excepcional.

Fado, Marta Soares, "Cheira a Lisboa"

Sónya Silva: Uma promessa ou uma realidade?

No passado Sábado dia 26 realizou-se em Oeiras. no parque dos Poetas, um evento comemorativo da passagem dos militares expedicionários em Timor e que juntou mais de trezentas pessoas.

Houve animação cultural portuguesa e timorense, com cânticos, música de dança. dança guerreira, canções e fados.

Num auditório especialmente dedicado para o efeito houve uma "Sessão de Fados" que teve a participação de vários fadistas e de duas parelhas de guitarristas.

Estiveram presentes; a fadista Carolina Tavares e os guitarristas Luís Ribeiro e Jaime Martins, a fadista Sónya Silva, Eurico Pavia, Carlos Maia e outros, com os guitarristas José Braga e Francisco Borges.

Todos agradaram à assistência, muito interessada, todavia, Sónya Silva primou pela graça das suas interpretações e, naturalmente, pela revelação de um talento prometedor.

"Canta quem sabe e quem sente"!

“Canta quem sabe e quem sente”! 
 Deveria ser esta a norma orientadora que deveria estar sempre presente nas noites de fados a fim de melhor contribuir para um equilíbrio aceitável em termos de qualidade, que tanto é exigido a profissionais como a amadores.
 Acontece, muitas vezes, que, há quem saiba cantar, e pouco ou nada sinta… e há quem não sabe, ou pouco sabe, mas sente bastante e gosta de contar as histórias que os poetas populares escreveram para ser acompanhadas à guitarra e à viola. Também no Fado, especialmente naquele que consideram o “Fado vadio”, o «povo é quem mais ordena» e a preferência do público é determinante.
 É todavia inaceitável que haja quem se aproveite das situações, que não sabe cantar, não sente a importância da mensagem poética, a função de um convívio fadista, e não respeite o trabalho de quem está empenhado em proporcionar momentos de cultura e lazer! 
…tudo isto existe tudo isto é fado…

Fado, Manuel Inácio, "Tempos de criança"

Manuel Inácio também participou na "Noite de Fados" cantando os "Tempos de criança"!

Fado, Artur Batalha, "Marcha do Correeiro" - "?"

Artur Batalha: "Um tesouro popular de Alfama"!

João Silva, "Fado Oliveira" - "A rosa que eu desfolhei"

João Teixeira, "Fado Modesto" - "Porque morreu a Severa"

Uma voz popular, de bom fado, na «Noite lisboeta»!

Contributo para uma ampla discussão enviado para o Canadá.*

Cumpre-me dar algumas achegas, ao que por vezes sobre o assunto em questão é apresentado, tendo em conta algum rigor, a hermenêutica e a heurística assim o determinam, a fim de não especular com regionalismos ou algum chauvinismo.

A chamada guitarra portuguesa apareceu muito depois da revelação do fado como elemento cultural de apoio à Poesia.

"O fabrico do instrumento ( considerado como cítara, de acordo com Frei Philipe de Caravel, Sec XVI) desenvolve-se em Braga, graças à prosperidade daquele centro eclesiástico que se manteria até ao início de Sec.XIX, destacando-se a figura do construtor Domingos José d'Araújo.

São da época também as primeiras composições para guitarra inglesa, por António Pereyra da Costa, Manuel José Vidigal e António Silva Leite, este último autor do único método para este instrumento. publicado em 1796" (Registos do Museu do Fado, em Lisboa).

Concluindo:

O Fado revela-se no Sec. XIX, mais precisamente em 1834, durante as Guerras Liberais, tem expressão em Lisboa, com presença no teatro,nos cafés, tabernas e barbearias.É levado para Coimbra pelos estudantes que para aí se deslocam.Lisboa só tem Universidade em 1913 com o Governo do Dr. Afonso Costa.

Os Poetas sabem dizê-lo melhor do que eu.

Um abraço de amizade a todos os colaboradores desta discussão.

José Braga

* Discussão iniciada pelo construtor de guitarras Nuno Cristo

Artur Batalha, "Fado CUF" - "Qualquer coisa que me anima"

Anabela Silva, "Fado Tango" - "Na capelinha da Guia"

Fado, José Luís (Pintarolas), "Leio em teus olhos"

Alice Nunes, "Fado Britinho" - "Foi na travessa da palha"

Quim Cigano, "Marcha do Marceneiro" - "Fado do Cartaz"

Fado, Inês Ribeiro, "A minha rua"

A tradição fadista no Sportivo Adicense em Alfama!

Após ter realizado três sessões de Fado durante os meses de Abril e Maio do corrente ano, o Adicense, como continuador da tradição fadista em Alfama, realizará , no próximo Sábado dia 26, pelas 21.00 horas, mais uma sessão de autêntico convívio dos seus associados e amigos convidados.

Fado, Jaime Alves, "Marcha do Correiro" - "Alfama - Maurício"

Helena Martins, "Fado Perseguição", "As minhas penas - M.T. Noronha"

Fado, Jaime Alves, "Leio em teus olhos"

A importância da Música na vida das pessoas.