quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Fado mora em Lisboa!




O “Workshop” de fados, que tem funcionado, regularmente, todas as terças-feiras, às 21,00 horas, na ACOF (Associação Cultural O Fado) em Marvila-Lisboa, está vocacionado para o exercício de aprendizagem e aperfeiçoamento de vocalistas e instrumentistas que se dedicam a esta actividade de Cultura Popular.
As sessões de Fado, que habitualmente se realizam aos sábados, mantêm a regularidade, com NOITE DE FADOS, no próximo dia 23, pelas 21,30 horas excepto no próximo dia 30 em que realizar-se-á no Quartel dos Bombeiros da Pontinha.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mor Karbasi canta / sings fado - festival FMM Sines, Portugal




Extraordinário empenhamento desta cantora interpretando um dos mais interessantes fados da nossa lusitana cultura, preocupando-se com uma dicção perfeita, num idioma que não domina, e com uma musicalidade na voz digna de menção!

Rivka Amado sephardic clip

Afinidades culturais.

Esta senhora, D. Rivka Amado, repare-se no seu nome de família, que tem origem portuguesa, cultiva um género de música cujas raízes, “ Ladino”, remontam ao Sec.XVI e permanecem vivas até aos nossos dias.
Curiosamente, apareceu em Alfama, mais concretamente na “Parreirinha de Alfama”, onde assistiu ao programa de fados que diariamente se exibe neste retiro fadista, confraternizou com os artistas, trocou impressões sobre os géneros de música peninsular existentes e pudemos chegar a uma conclusão, aliás já demonstrada em investigações históricas, que Alfama foi uma das judiarias, maioritariamente sefarditas, evidenciando, também, a componente multicultural da nossa música de eleição.

Joseph

WWW.rivkamusic.com

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

De São Miguel a Stº Estêvão!





Acidentalmente no Largo do Salvador!


Porém, sempre em Alfama, referência obrigatória para cultivar o fado amador, apesar da existência de imensos retiros onde o fadista é profissional ou actua de forma profissionalizante.

Construtores da guitarra portuguesa.



A evolução e aperfeiçoamento técnico da guitarra portuguesa estruturou-se com base no diálogo permanente entre construtores e executantes, destacando-se três escolas de construção, a partir do último quartel do Sec. XX: a origem madeirense, com Álvaro Marciano da Silveira e Francisco Januário da Silva, a escola de Lisboa,com Manuel Pereira, Manuel Teixeira, Augusto Vieira e João Pedro Grácio e a escola do Porto com António Duarte e Joaquim da Cunha Mello.


(Excerto de uma publicação da ex- Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, hoje Museu do Fado, em meados da última década do século passado)

Origens da Guitarra Portuguesa.



Filiada na cítara europeia do Renascimento,a guitarra portuguesa sofreu importantes aperfeiçoamentos técnicos no início do Sec.XX, conservando, no entanto a afinação peculiar das cítaras, igual número de cordas e a técnica do dedilho própria deste género de instrumento.

Em Portugal, a sua utilização está documentada desde o Sec.XVI. Frei Philipe de Caravel, ao visitar Lisboa em 1582, faz alusão ao gosto dos portugueses pela cítara, a par de outros instrumentos como o adufe, a harpa e a viola.

O Catálogo da Livraria Real de Música de D. João IV (1649) documenta o repertório da cítara e as formações nas quais intervinha, testemunhando o seu êxito internacional.

Na segunda metade do Sec.XVIII chegava a Portugal a chamada "guitarra inglesa", um tipo de cítara europeia modificada por construtores ingleses , alemãese holandeses e acolhida com grande entusiasmo pela nova sociedade burguesa mercantil instalada no Porto.

O fabrico do instrumento desenvolve-se em Braga, graças á prosperidade daquele centro eclesiástico que se manteria até ao início do Sec. XIX, destacando-se a figura do construtor Domingos José d'Araújo.São desta época também as primeiras composições para guitarra inglesa, por António Pereiya da Costa, Manuel José Vidigal e António da Silva Leite, este último autor do único método para este instrumento, publicado em 1796.

Apanágio da grande burguesia, esta guitarra tem uma difusão social limitada, acabando por desaparecer no Sec XIX com a revitalização da cítara popular, entretanto utilizada no acompanhamento do fado de Lisboa, presente no teatro, nos cafés, tabernas e barbearias.


(Excerto de uma publicação da CASA DO FADO e da guitarra portuguesa, na última década do século passado).