quarta-feira, 23 de julho de 2008

Segundo a transcrição da obra:MÚSICA E DESCOLONIZAÇÃO de Leonardo Acosta.


A linguagem melódica do músico não é seu património individual, tornando-se antes comum ao grupo social a que pertence e "ao ser um modo de exteriorização de ideias tradicionais e convencionais o músico não pode intervir no essencial delas" E acrescenta:

Porém, enquanto conserva essa base essencial, o músico terá uma margem de liberdade para encontrar um modo de realização não literal daquela, mas que pode ser improvisado:em termos gerais, trata-se de encontrar variantes aos padrões básicos sobre os quais repousa a convenção ou a tradição melódica [...]


Adolfo Salazar refere-se especialmente ao raga indiano e ao maqam árabe, com as suas variantes representativas de sentimentos distintos ou de qualidades éticas distintas, às quais correspondem diferentes fórmulas típicas.


Poderemos considerar que, existindo uma certa similitude destas músicas com o fado português, a livre atitude dos músicos instrumentistas , face a determinadas situações, é perfeitamente aceitável.


Joseph

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