segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O "segundo marido da viúva"...


Uma substituição pessoal é sempre motivo de alguma apreensão seja qual for a função a exercer, embora por vezes, e em certas circunstâncias, se obtenham resultados mais positivos com a funcionalidade do substituto, quando os recursos disponíveis agradam às partes interessadas.
Em todas as profissões o caso é complicado mas complica-se mais ainda nas actividades ligadas ao espectáculo por razões óbvias.
O desconhecimento do guião, a inexistência dos prévios ensaios, o meio envolvente, enfim; é, por vezes, «estar-se no mato sem cachorro»!
Nos retiros de fado, onde a afinidade entre artistas chega a ser mais próxima com os residentes, os «plins» do guitarrista Horácio podem, naturalmente, ser diferentes dos «plins» do guitarrista Anastácio…
Aqui o Horácio sente-se o «segundo marido da viúva» …
Considerando que a interpretação, apesar de subjectiva, tem formas diferentes de expor o tema, ornamentar, dialogar, improvisar, respeitando a linha melódica, a quadratura rítmica e proporcionando um adequado suporte harmónico, poderemos concluir racionalmente que apenas existe uma diferença pessoal.
Parafraseando os «slogans» em voga: todos diferentes, todos iguais!
Algo nos pode intrigar se tivermos imaginação e são humor:
Porque será que as fadistas insistem tanto nas vestes de negra cor?

Joseph

Sem comentários: