O conceito de "fado vadio" permanece entre nós de uma forma um tanto ou quanto bizarra, e à falta de um melhor argumento, parece , à primeira vista, de que quem canta o Fado, ou toca qualquer instrumento de cordas com ele relacionado,ou simplesmente é um "fado adict", enveredou por uma actividade marginal.
A título de informação achamos pertinente esclarecer o que dizem os dicionários, designadamente o Dicionário Lello Ilustrado:
"Vadio:vagabundo.O que não tem ocupação ou não faz nada.Ocioso, tunante.Próprio de gente ociosa...".
Não vale a pena estarmos a investigar de quem partiu a ideia a fim de constituir um conceito para quem o quiser adoptar.
O Fado , popular, amador, cantado e tocado por quem não quer ou acha que não deve abraçar uma vida profissional, com situação e carreira, cada vez mais ameaçada de precariedade, é uma expressão de autêntica cultura e a mais fiel expressão dos sentimentos da lusa gente, com a vantagem de não ser agrilhoado por "tutelas" de todos os matizes.
Os fadistas amadores , os tais "vadios", depois de horas de trabalho, nos campos nas fábricas, na repartição pública ou na escola, deliciam-nos com a sua arte em espaços conseguidos para esse fim.
Assim aconteceu na noite de 08 de Novembro no Salão dos Bombeiros Voluntários de Lisboa.
Joseph
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