domingo, 10 de janeiro de 2010

Festa em Alfama!

Tristezas não pagam dívidas e um bailarico improvisado, quando estão criadas as situações para que tal evento aconteça, ameniza a rude vida no mar, nas docas e na zona de trabalho ribeirinha.É assim Alfama e a sua gente.

Será que há cognação?


A palavra fado, combinada com outras, resulta por vezes sentidos estranhos e gera coincidências que nos deixam perplexos até porque se diz, frequentemente, que o português é uma língua «traiçoeira»...

Vejamos o que se passa com a palavra fadário= desgostos , vida trabalhosa.
Entretanto enfadado=aborrecido, importunado.

Mas com o prefixo Sa a coisa muda de figura, principalmente no Futebol.

Saviola é o jogador fenómeno, goleador, no S.L. e Benfica!

O Sporting anda, desesperado à procura dum Saguitarra...

Tudo por causa de um Sp. de Braga, Safado, que comanda a classificação da Liga e já é considerado Campeão de Inverno 2009/2010...

Adm. do Blogue

Bem comer e melhor «regar» o repasto!

O Fado também é bastante apreciado, não só pelos acompanhamentos à guitarra e à viola como pela degustação comida bem confecionada e pela qualidade do vinho acompanhante, branco ou tinto. Em Lisboa, sem dúvida, maduro e de preferência sempre «copo cheio» rodeado de boa gente com a presença indispensável das vozes masculinas e femininas e estas com aquele aspecto atraente e quiçá erótico, que mais do que as "musas" inspiram boas produções...
Como diria o Poeta João Penha:" O sonho é uma coisa muito boa mas sem a base sólida do presunto de Lamego, não vale nada..."

Bem haja o Mestre Cozinheiro do Adicense que sempre nos tem deliciado com os melhores pitéus.


Adm. do Blogue

O sentido de humor na fadistagem...


Quem por razões profissionais, ou simplesmente por diletantismo, tem passado noites a fio , durante anos seguidos ou com algumas interrupções, em Casas de Fado, Colectividades de Cultura e Recreio, ou noutros eventos onde haja a coincidência de juntar fadistas , guitarristas e público «aficionado» e parafraseando o ditado que diz: É tão fadista quem canta como quem escuta…, com certeza que terá observado «peripécias» inesquecíveis.
Entre muitas que presenciamos também poderemos contar aquelas que nos são relatadas e dignas de merecer credibilidade.
Assim, muito recentemente, num retiro muito frequentado na Rua dos Remédios, em Alfama, um debutante do Fado, tipo “marialva recauchutado”, e por certo com tendência para alinhar nas cores azuis que caracterizam uma fidalguia «arrumada» pela estabilidade de uma república com um século de existência, experimentou cantar o Fado em moldes amadores e depois de se «desgoelar», tendo sido pouco aplaudido, presumidamente, exclamou:
-Eu canto bem; porque «isto é de raça», pois tenho Fado nas veias…
Entretanto, o jovem violista que o tinha acompanhado, e que se vira em apuros para colmatar as falhas de ritmo, demasiado descompassadas, e que tinha estoicamente suportado a desafinação daquela voz com pouca ou nenhuma musicalidade, retorquiu com um humor espontâneo:
-Mas, veja bem...
Procure um médico, porque deve ter as veias entupidas e sofrer de aterosclerose e isso é bastante perigoso!
Adm. do Blogue

Alfama não cheira a fado...mas não tem outra canção!


Quem não há-de «gabar o noivo» senão o pai?



Pas banal ! Ainsi pourrait-on résumer l’impression qui domine à l’issue de la projection du nouveau film de l’Espagnol Carlos Saura, précédée - l’attention est suffisamment rare et originale pour être mentionnée – par un récital, guitare et viole, histoire de nous mettre dans l’atmosphère. Fados, qui sort ce 14 janvier sur les écrans français, est fidèle à son titre : il s’agit bien de raconter l’épopée du fado, cette musique portugaise née à la fin du XIXe mais, de même que le pluriel du titre laisse supposer une diversité de sonorités et de voix, le réalisateur ibérique a choisi une voie singulière et inattendue pour s’emparer de ce style musical. S’inscrivant dans la lignée de ses précédents films musicaux, Iberia, Flamenco et Tango, il propose une chorégraphie de cette forme chantée, faisant de Fados, non pas tant un documentaire qu'un spectacle (imaginaire) à part entière.
Hormis les quelques mots d’introduction qui permettent de fixer l’origine de ce chant mélancolique, apparu sur les docks de Lisbonne, comme un concentré populaire de diverses influences à la fois brésiliennes et africaines - chantant la désolation des amours perdues, la douleur ou la nostalgie -, le documentaire ne véhicule aucune image de Lisbonne, et pas davantage d'entretiens. Fados est, au contraire, conçu comme une représentation : regarder le film, c’est assister à un spectacle. Les seules voix que nous entendons sont donc celles des chanteurs et chanteuses qui ont contribué à la renommée de ce chant tels que la grande Amalia Rodriguès, Mariza, Cuca Roseta, Carlos do Carmo, Carminho, Caetano Veloso et Chico Buarque, les deux Brésiliens du générique. Et pour autant, se dessine à travers tous ces accents, et quelques images d'archives, le portrait d'un fado qui aura toujours su s'enrichir d'allers et retours, sans jamais perdre son âme, y compris durant la dictature.
Aucun commentaire donc, Fados s'écoute comme un long chant d’environ 90 minutes qui nous invite à regarder « des gens qui chantent les yeux fermés ». C’est dire le défi que constituait cette histoire du fado qui aura nécessité quatre années de préparation. Très beau plan que le tout dernier qui, renversant le point de vue, revient vers la caméra qui se fait alors « lampe merveilleuse », signature d’un film entre poésie et magie.

Cuca Roseta.

A respectiva tradução para português:


Etapa menor! Assim, poderia resumir-se a impressão que domina no final do novo filme espanhol de Carlos Saura, com projeção de filme precedida -a atenção é suficientemente rara e original para ser mencionada - Através de um recital de guitarra e viola, história que nos coloca na atmosfera.

Fados foi lançado nas telas francesas em 14 de Janeiro e é fiel à sua denominação, isto é: fiel ao seu título,informando sobre o carácter o épico desta música portuguesa nascida no final do século XIX.Todavia, assim como o título plural sugere tem variedade de sons e vozes,O Director da Ibérica escolheu um caminho singular e inesperado para capturar esse estilo musical., caindo em consonância com os seus filmes musicais anteriores, Iberia, flamenco e tango ele propõe uma coreografia deste formulário (Sung), de fados, fazendo um documentário e não tanto como um show em si (imaginário).
Exceptuando algumas palavras de introdução ao estabelecer a origem desta canção melancólica, que apareceu nas docas de Lisboa como um concentrado de mistura popular de diversas influências, tanto brasileiras como africanas - cantando amores perdidos , dor ou nostalgia - desolação, sendo um veículo documental que não relaciona nenhuma imagem de Lisboa . Fados,pelo contrário, é concebido como uma representação, porém, ver o filme é assistir a um show. As vozes que poderemos ouvir, são portanto os cantores e cantores que contribuíram para o sucesso desta música como a grande Amalia Rodrigues, Mariza, Cuca Roseta, Carlos do Carmo, Carminho, Caetano Veloso e Chico Buarque, sendo estas últimas das mais famosas vozes do Brasil. Até agora, emergem através destes assentos e de alguns arquivos de imagens, o retrato de um fado que irá sempre conseguir enriquecer-se , com os inevitáveis altos e baixos sem nunca perder a sua alma, inclusive, como durante a ditadura fascista.
Não há nenhum comentário.

Fados ouve-se como uma canção longa, cerca de 90 minutos, que convida-nos a assistir a "quem canta de olhos fechados". Diz-se que tal desafio da «história» do fado, exigiu quatro anos de preparação. Plano muito bonito com a mais recente inversão de ponto de vista que se eleva para a câmara, e que é então "lâmpada maravilhosa", num filme entre poesia e assinatura mágica.

Trad. de Adm do Blogue

sábado, 2 de janeiro de 2010

pátio das cantigas- vasco santana e o candeeiro

Com parcos recursos financeiros, se considerarmos a poderosa indústria cinematográfica dos USA, em Holywood, a sétima arte em Portugal, com Vasco Santana,António Silva ,Ribeirinho e outros.apresentava obra de importante valor cultural e crítica social na época dos anos 30.